No dia 09 de novembro, o Núcleo de Preservação da Memória Política em parceria com o Memorial da Resistência, instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, realizou mais uma edição do Sábado Resistente, com o debate [IN]VISÍVEIS – POLACAS: MEMÓRIA E RESISTÊNCIA, em conexão com a instalação de mesmo nome em exibição na Oficina Cultural Oswald de Andrade até 14 de dezembro de 2019.
O evento, mediado pela diretora do Núcleo Katia Felipine, contou com a presença das artistas Eva Evecnick Castiel, Fanny Feigenson & Fulvia Molina, estando presente também na mesa o curador da mostra Marcio Seligmann-Silva; a historiadora e pesquisadora Mariana Martins; a antropóloga Paula Janovitch, o historiador Ênio Rechtmann; e o jornalista Moisés Rabinovici.
A história das Polacas constitui um embate de resistência feminina, vestígios e apagamento de memória. Resume o destino de jovens mulheres judias, saídas de vilarejos da Europa Oriental, fugindo da miséria, fome, perseguições e “progroms’, que chegaram à América do Sul com promessas de casamento e trabalho, mas, na verdade, enganadas, traficadas e exploradas inescrupulosamente por máfias traficantes de pessoas, iludidas pelo sonho de uma vida melhor. Aqui, viram-se presas em uma triste situação de exploração -- a prostituição.
Não sendo aceitas pelas comunidades judaicas e nem pelas sociedades locais, no entanto, resistiram e mantiveram sua identidade cultural, religiosa e étnica, criando suas próprias associações de ajuda mútua, escolas, sinagogas, cemitérios e associações culturais, em São Paulo, Rio de Janeiro, Santos e Buenos Aires.